Paulo era um missionário estrategista. Ele escolhia as
cidades para as quais se dirigia com muito critério e cuidado. Corinto era uma
das maiores e mais importantes cidades do mundo.
Corinto era uma cidade grega, de grande importância. Ela
ficava bem próxima de Atenas, a grande capital da Grécia, e a capital
intelectual do mundo. Corinto era uma cidade banhada por dois mares, o mar Egeu
e o mar Jônico.
Em Corinto ficava um dos mais importantes portos da época, o
ponto de Cencréia. Portanto, a cidade de Corinto era cosmopolita.O mundo
inteiro dentro dela.
Corinto era uma cidade altamente intelectual. O principal
hobby da cidade era ir para as praças e ouvir os grandes filósofos e pensadores
exporem suas idéias. Era uma cidade que transpirava cultura e conhecimento.
Na igreja de Corinto era visto a operação dos nove dons do
Espírito, tinha tudo que nós crentes pentecostais modernos gostamos, profecias,
visões, revelações, línguas; tudo que muito " irmãozinho " busca nas
consagrações e rodas de fogo.
Porém esta igreja estava corrompida no recôndito de sua
alma: prostituição,
homossexualismo, divisões e práticas sexuais desregradas. A
igreja de Corinto era uma igreja em declínio espiritual.
A imoralidade de Corinto tornou-se tão amplamente divulgada
que o verbo grego “corintianizar” veio a significar “praticar imoralidade
sexual”. Num ambiente como esse, não é de admirar que a igreja de Corinto
estivesse atormentada por diversos problemas.
Então no capítulo 13 de sua primeira carta a esta igreja, o
Apóstolo Paulo revela a chave, o segredo que faltava para aquela igreja:"
1AINDA que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor,
seria como o metal que soa ou como o sino que tine. 2E ainda que tivesse o dom
de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que
tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse
amor, nada seria. 3E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento
dos pobres, e ainda, que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não
tivesse amor, nada disso me aproveitaria."
Nenhum esforço será válido se não for precedido de amor,
nenhuma manifestação espiritual por mais esplêndida que pareça, terá Reconhecimento
divino se não for motivada pelo mais nobre dos sentimentos.
A igreja, a sociedade contemporânea, as religiões, o mundo
em si esta carente de amor; a vida é bela para quem sabe amar, quem ama
consegue contemplar o belo nas pequenas coisas. Viajamos tanto, lutamos tanto,
pesquisamos tanto, o homem desenvolveu tantos talentos extraordinários, porém
esqueceu-se da importância de cultivar seus sentimentos no jardim do amor.
A igreja de hoje não esta diferente da descrita pelo
Apóstolo, o que interessa é quanto dons você tem, "como se fossemos dono
de algo", o importante é como Deus te usa no meio do movimento durante as
orações de fogo.
Vejo então que perdemos a essência da coisa, o irmão pode
não ter amor nenhum, contanto que seja vaso, a irmã pode carregar mágoa de toda
igreja e ser insubmissa, o importante é se ela profetiza.
Meu Deus! Nos ajude a encontrar-mos contigo pois tu és o
próprio amor, como podemos ser chamados de igreja do Senhor se não temos amor,
como podemos ser discípulos de Cristo se não cumprimos o maior dos mandamentos
que é amar o meu próximo.
Desperta tua igreja, faz com que aprendamos a amar, a buscar
o interesse alheio, o bem estar dos necessitados, a amar aquele que
aparentemente deveria ser esquecido.
Quando Alcançarmos tal estatura, deixaremos de buscar poder,
deixaremos de buscar unção, não clamaremos tanto pela tão esperada benção,
posto que quem ama, vive em tua presença e quem anda contigo não tem falta
alguma.
Ap. Marcelo Sant'anna e Pr. Elisângela Sant'anna.
